-38 kg em 11 meses sem cirurgia

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Após anos usando remédios para emagrecer, Flávia precisou rever seus conceitos e descobriu que seria capaz de emagrecer de forma saudável com reeducação alimentar, atividade física e mudanças de hábitos

 

 

Flávia Monzano, 33 anos, analista de sistemas, mora em São Paulo (SP)

 

Altura: 1,68 m

Peso anterior: 104 kg

Peso atual: 66 kg

Blog e Instagram: www.flaviamonzano.com e @flaviamonzano

 

“Sempre tive variações de peso, mesmo quando criança. Aos 8 anos, por exemplo, estava magrinha. Aos 10, estava cheinha. Mas só comecei a ficar encanada depois dos 18 anos, fase em que a gente quer ficar bonita, arrumar namorado…

 

Venho de uma família de gordinhos e sempre gostei muito de comer. Na casa da minha mãe dificilmente tem frango grelhado. Sempre tem macarronada, rabada, polenta, feijoada, mocotó… Mesmo assim, quando precisava emagrecer, fazia dieta e via resultado em pouco tempo.

 

Remédios e mais remédios

Mas, aos 22 anos, a história começou a mudar, pois não conseguia mais manter o peso ideal. Então, parti para os remédios de emagrecimento (tarja preta mesmo!) que foram prescritos por um endocrinologista.

 

Foi assim até os 30 anos. E tomar remédio era o que me emagrecia.

 

Casamento e muitas festinhas

Depois que me casei, continuei no mesmo ritmo. E apesar de não comer tanta fritura quanto na casa da minha mãe, acabava fazendo vários encontros para receber os amigos em casa. Aí eram petiscos e muita bebida.

 

O dilema era sempre o mesmo: gosto muito de comer, mas não quero ser gorda. E, na época, queria um milagre ou uma fórmula mágica que me emagrecesse mesmo comendo tudo o que queria.

 

Remédio proibido

Sempre fui muito ansiosa e compulsiva, mas até aquele momento eram os remédios inibidores de apetite que seguravam a onda e me mantinham no peso ideal. Até que em um belo dia, um dos remédios foi proibido. Fiquei desesperada e pensei que não conseguiria emagrecer nunca mais!

 

Voltei ao endocrinologista e pedi outras opções de medicamentos. Eu os usei, mas eles não faziam efeito e engordei ainda mais.

 

Ciclo vicioso

Eu me perguntava: ‘como vou fazer para emagrecer, se não tenho forças?’ A única força que eu tinha era para comer, depois, ficava ainda mais deprimida. Então, comia mais e me arrependia. Era uma bola de neve.

 

 

Cirurgia bariátrica?

Decidi me consultar com um médico que havia encaminhado uma amiga para a cirurgia bariátrica, pois achava que aquilo solucionaria meu problema. Mas o médico olhou para mim e disse que eu não tinha necessidade de fazer a operação e me aconselhou a fazer dieta e academia.

 

Voltei para casa brava e arrasada, e com a ideia de que iria engordar ainda mais para fazer a cirurgia.

 

Quando contei para o meu marido, ele me disse: ‘Não, você não vai fazer isso. O médico falou que você não tem necessidade, pronto!’. Fiquei ainda mais arrasada e comecei a comer mais!

 

2014, um ano de mudanças

No final de 2013, pesando 104 quilos, coloquei um vestido para a virada do ano e ele ficou horroroso! Nem o sapato entrava no meu pé por conta de tanto inchaço. Eu me via no espelho e nem me reconhecia mais. Sabia que tinha que fazer algo.

 

Mas só foi na viagem que fiz para Nova Iorque em janeiro de 2014, que a ficha caiu. Eu nem consegui desfrutar das compras na cidade, pois nenhuma roupa servia! Tudo ficava horrível e só cabiam roupas com numeração acima dos 50. Eu só usava calça legging e não aceitava mais aquilo.

 

Decidi fazer alguma coisa por mim. No dia seguinte que voltei ao Brasil, parti para a luta: me matriculei na academia e comecei a dieta por conta própria, diminuindo a quantidade de comida.

 

Nova parceria de sucesso

E foi na academia que conheci minha nutricionista, Regina Giora. Ela me ensinou a comer e a fazer a reeducação alimentar, algo que eu jamais imaginava que seria possível.

 

Hoje penso que eu não estava preparada, pois precisava ter cabeça para isso. Não adianta comer forçado, é preciso ter prazer em comer salada e legumes, e fazer disso um hábito.

 

Suco verde e tudo saudável

Por conta da retenção de líquidos, passei a tomar suco verde em jejum. A bebida fez uma diferença enorme no meu dia a dia, pois me desinchava e me mantinha saciada por bastante tempo.

 

Também parei de tomar refrigerante, tirei quase todos os doces da minha vida e aprendi a controlar minha compulsão.

 

Eu, que detestava academia, passei a sentir prazer em frequentá-la. Assim, em 11 meses estava de volta ao meu peso ideal, 66 quilos, mas de um jeito saudável e muito feliz!

 

Guerreira, sim!

Por ter emagrecido sem a necessidade da cirurgia bariátrica e sem remédios, me sinto uma guerreira! Descobri que tenho forças para atingir meus objetivos sozinha. E estou realizada não apenas pela forma física, mas pelo fato de conseguir controlar o que eu como e também controlar o meu peso.

Aprendi a comer com moderação e, hoje, escolho o que coloco no prato. Antes, comia o que eu via pela frente. Também aprendi a compensar, por isso não passo vontade e consigo manter o meu peso.

Depois de ter emagrecido 38 kg, decidi contratar o personal trainer Marcos Françoso para me ajudar a chegar no resultado que estou hoje. Treino com ele duas vezes na semana e o resultado está cada vez melhor!”

 

>>Confira a receita de suco verde da Flávia:

 

Ingredientes

2 folhas de couve manteiga

Suco de 2 limões

1 rodela média de gengibre

2 fatias de abacaxi

1 copo de 200 ml de água de coco

2 sachês de adoçante Stevia

 

Modo de preparo

Bata tudo no liquidificador e beba em jejum. Rende 2 porções. Eu sempre divido a porção com meu marido.

 

DICAS DE QUEM CONSEGUIU

 Descubra o prazer em comer saudável. Alimentos naturais são gostosos e essenciais para seu organismo funcionar direito e ajudar você a ter sucesso no emagrecimento.

Faça reeducação alimentar. Eu nunca imaginei que a reeducação alimentar realmente dava resultado. Comprovei na prática que ela é a melhor opção para manter-se magra e saudável.

Pratique musculação! Ela modela seu corpo, turbina a queima de calorias e ainda evita que você fique flácida!

 

 

Fotos: Arquivo pessoal